terça-feira, 7 de junho de 2011

Socialism

A meter o troco na algibeira das calças
Deixando o lírico para trás
de tabacarias portuguesas
aquém do sonho, nada sou
Se há beleza nas idealizações
esta se encontra na ínfama parte que lhe é real

Os moldes mundanos
dolosas transfigurações de pensamento
são senão mal necessário
dízimo que se paga a questionar
para expandir do particular ao coletivo

Monstro mítico social
ainda que materno
somos escravos influenciáveis
E, se o somos, é por compartilhar
Não há margem de rio seca,
nem pode-se ser
sem opostos

A complexidade das razões
emaranhadas em concepções de verdades indefinidas
perdidas na ausência de parâmetros
De tão intrínsecas,
não sois extarnalizáveis
A moral do todo as julga
mesmo carente de origens
digna, apesar de questionável

Dentre a inconsistência
do que me é tangível
idealizar qualquer futuro
ou resgatar o que é passado
faz emergir senão o caos
E a infelicidade do presente ignorado

É inútil embebedar idealizações
em sua própia essência semântica
se em tudo esta se faz presente
Afoguem o inconformismo
Nenhuma antecipação leva ao triunfo
Cousa alguma incita mais uma causa do que a opressão

Por ora, calem-se!
O momento não veio
Permitam-me desfrutar
do sistema que me é conveniente

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