segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lui!

Todo mundo morre, mente, sente
Toda carne é fraca
Pela única grande razão de ser - carne
E cheiros e pele e poeira e lágrimas inconsoláveis

Não faz assim, meu amor
A morte é consequência irremediável da vida
Essa sim machuca e dilacera
Se eu morresse amanhã
me consolaria em saber
tu ainda estarias aqui depois de amanhã
E o mesmo sol iria se por
sem meus melodramas cheirando a café

Essa sua mistura
música, silêncio, excessos e conhaque com laranja
e a vontade de viver e correr e amar doentia
te anulam essa amargura, faz doce de beber
Mas sempre me deixa meio tonta
todo esse sentimentalismo exposto, latente
E tonta, meu amor, eu não sirvo para nada.

Nenhum comentário: