sábado, 30 de abril de 2011

Ao meu bem amado, os meus pêsames!
Não reivindico minha dor pela tua
Meu egoísmo é aquém qualquer sentimento
E se o seu pesar for maior que o meu,
esqueça-o!
Infeliz és tu se não queres que sofra
Há prazer no meu penar
conquanto não seja teu

Adentrastes portas irreais do meu infinito
Enquanto distante, idealizou-me
Ainda que houvesse contentamento
na força com que me quis de volta
jamais o desejei
a melancolia a qual me submeteu

Imponho a ti, portanto
o desconforto de evitar o meu mal
não recordo em momento algum
ter clamado proteção
Conforma-te com a dor da dor
Pois desta não abro mão
Assumo a máxima do meu altruísmo
como vêemente negação de sua existência

Eu sou egoísta.

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