quarta-feira, 6 de julho de 2011

Poderia martirizar-me por toda a mediocridade devastadora
que me parece alheia
A ausência de propósito
sem o esforço de Pessoa
ou a razão de Schopenhauer
torna-se desprezível
E censurar a censura
é sentimentalmente sensato

Se sou medíocre
o sou consciente
ausenta de mim toda definição
A razão esconde a solução de quaisquer mistério
condenar a ignorância é me negar a natureza

Ó seres vis!, em qualquer que seja tua concepção de seu mesquinho sentido
Busco eu aprovação mítica da realidade que tenho por dentro?
Duvido do mitico e de toda divindade
Ponho a prova céu e terra
Desconfio o sentimento e o sentido
Equiparo-me ao mais estúpido ser em capacidade
Nego veementemente reflexões
Pouco importa-me a origem ou o final
Liberta-me da prepotência filosófica
que esta me enoja
e me cospe a cara hipocrisias

A ignorância! Belíssima musa romântica!
Cega-me de amor!
Não me deixes ver
A impotência frente ao que a consciência não modifica
Não me deixes tomar conta das limitações que me impõe
Livrai-me de todo o mal!

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